LIÇÕES DO AVC
- Christian Recife
- 11 de ago. de 2022
- 13 min de leitura
1. INTRODUÇÃO
2. AGRADECIMENTOS
3. INÍCIO DE TUDO
4. TRATAMENTOS
5. APOIOS
6. CONFIANÇA
7. MOMENTOS
8. LIÇÕES
INTRODUÇÃO
Tudo que eu vou comentar aconteceu comigo, mas não custa reforçar que o AVC é uma doença silenciosa e não dá aviso prévio de quando vai atacar, comigo por exemplo eu estava muito bem na noite anterior e no dia seguinte tive o AVC Isquêmico.
Mas existem algumas coisas que podem ser evitadas para que as pessoas não tenham um AVC.
Primeiro que se engana quem acredita que o AVC é um problema apenas de velhos.
Todos nós podemos sofrer com um AVC, ninguém está livre.
Existem 2 tipos de AVC, 1 que é causado quando há interrupção da circulação de sangue no cérebro conhecido como AVC isquêmico e o outro é pelo rompimento de um vaso sanguíneo no cérebro conhecido como AVC hemorrágico.
Há algumas causas que são mais prováveis para que ocorra o AVC.
No caso do AVC isquêmico, alguns exemplos do que podem causá-lo, são:
Ø Má alimentação
Ø Tabagismo
Ø Problemas de coração
Ø Diabetes
Ø Uso de drogas
Ø Doenças que causam coagulação no sangue
Ø Pressão alta
Ø Colesterol alto
Ø Obesidade
Ø Sedentarismo
Ø Apneia
No caso do AVC hemorrágico, alguns exemplos de causas mais comuns são:
Ø Aneurisma cerebral
Ø Pancadas na cabeça (como em caso de acidentes)
Ø Pressão alta
Ø Inflamação de pequenos vasos cerebrais
Ø Uso de anticoagulantes
Como eu comentei, não tive nenhum sinal, mas algumas pessoas apresentam sinais e nestes sinais precisam estar atentos:
Ø Dificuldades para falar
Ø Fortes dores de cabeça
Ø Dormência em um único lado do corpo
Ø Dificuldade para enxergar em um único olho
Ø Problemas respiratórios
Ø Dor de cabeça súbita e intensa sem causa aparente
Ø Inchaço nos pés e/ou pernas e paralisia e/ou fraqueza em um lado do corpo.
Qualquer dos dois tipos principais de AVC – Isquêmico ou Hemorrágico, são considerados uma verdadeira emergência médica, porque o seu reconhecimento e tratamento imediato são importantíssimos para deixar a pessoa que sofreu o AVC com menores sequelas.
Quanto mais cedo o diagnóstico e o tratamento, melhores serão as chances de menores ou nenhuma sequela no futuro.
Fontes:
AGRADECIMENTOS
Eu quero agradecer primeiramente a Deus e depois a minha esposa Kátia que fez de tudo um pouco pois sem ela certamente não seria possível escrever estas palavras.
Aos meus filhos Guilherme e Matheus que tiveram a compreensão desde o momento que foi descoberto que era um AVC até os dias atuais.
A minha cunhada Jane e meu cunhado Carlos que estiveram comigo sempre que precisei, além de dar suporte para minha esposa quando ela precisou.
A minha mãe Maria Heni que foi para São Bernardo do Campo me ver e ajudar minha esposa quando foi preciso, além do que, quando fui à MG fiquei muito à vontade onde foram feitos uns pães de queijo que aqueceram meu coração.
A minha cunhada Andreia que falava comigo toda manhã e com isso e treinava a minha conversa.
A minha cunhada Aline que resolveu vários problemas meu e do meu filho quando ligávamos para ela.
Ao meu irmão Roberto para quem eu ligava quando tinha algum problema e conversava bastante comigo.
Ao meu irmão Claudio que eu ligava todos os dias para me distrair e para eu treinar a conversa no celular além de ficar comigo na piscina caso eu sofresse algum escorregão.
Ao meu irmão Rodrigo que me brindava com um churrasco onde eu podia treinar o meu andar pelas pessoas e no uso de talheres.
Ao meu primo Ricardo e meu amigo Claudio que me apoiaram logo quando tive AVC com o trabalho.
A enfermeira Vanda (lembro o nome dela até hoje) que me ajudou no banho.
Aos Médicos da Alegria que ajudaram com suas canções e me faziam esquecer um pouco daquele ambiente de UTI.
Aos Médicos Felipe (Fisioterapeuta), Janice (Psicóloga), Gabriela (Fonoaudióloga), Adriana (Fonoaudióloga), Ana Paula (Neurologista), Veruska (Terapeuta Ocupacional) que me ajudaram na reabilitação.
Aos meus amigos e irmãos Giovanni, Laerte, Gauy e Fabiano que fizeram uma viagem de 500 KM para me visitar.
INÍCIO DE TUDO
Vou tentar resumir 3 anos em poucas palavras, porque se for para colocar tudo vai ficar bem grande.
Foi na véspera dos 50 anos da minha esposa que tudo ocorreu, eu estava bem e muito feliz na véspera e bebendo uma cerveja com meu irmão já que ele estava na minha casa por causa da festa.
Após beber umas cervejas com meu irmão e brincar um pouco com a minha afilhada eu fui me deitar.
Eram umas 6:00 da manhã, acordei e vi que tinha algo estranho comigo, no início achei que era algo relacionado as cervejas que eu tinha tomado na noite anterior com meu irmão e logo fui ao banho achando que era só uma tontura, mas na hora de tomar banho quase cai e aí vi que realmente tinha algo errado.
Chamei minha esposa para falar que eu não estava bem e imediatamente ela chamou meus irmãos para me levar até o hospital que ficava próximo a minha casa.
Lá chegando o médico plantonista examinou minha pressão e viu que ela estava bem alta o que me encaminhou para UTI, daí percebi que era algo sério.
Entre o convênio aprovar a UTI e ter um leito disponível, os médicos confirmaram que se tratava de um AVC.
Já na UTI foi constatado através de uma ressonância magnética que havia sido mesmo um AVC e este era ISQUÊMICO e de tronco (gravíssimo) e que mais tarde vim a saber que este tipo de AVC afetou o meu lado direito e a falta e o equilíbrio.
E eu que pensava que o AVC só ocorria em pessoas idosas não é verdadeiro pois vi na UTI que havia uma menina de 19 anos que havia tido um AVC.
Aliás depois de algumas pesquisas eu vi que o AVC pode ocorrer inclusive em fetos, ou seja, essa história de que o AVC só ocorre somente em pessoas idosas é falsa.
Na UTI passei por algumas dificuldades na hora de tomar banho, pois eu só conseguia com a ajuda de uma enfermeira já que meu equilíbrio havia sido comprometido e ficar sem roupa na frente dela não era fácil.
Todos os dias de UTI recebia a visita da minha esposa e dos meus filhos o que me ajudou muito na recuperação, mas a cada dia que eu via um paciente da UTI sair e ir para o quarto eu me perguntava quando seria o meu dia, sabendo-se que a Neurologista disse que o AVC que tive foi grave e era para eu ter morrido ou ficado em uma cama só mexendo o pescoço.
Enquanto isso não acontecia os médicos da alegria ajudaram muito com bastante música aos domingos.
Eu vi nestes dias de UTI o quanto o trabalho dos MÉDICOS DA ALEGRIA é importante para quem está internado, pois são eles que levam a alegria para quem está longe dos seus familiares.
Fiquei na UTI e aprendi: Que todos que estavam ali por qual motivo que fosse eram todos iguais.
Sai da UTI e fui para um quarto onde eram outros enfermeiros e outros fisioterapeutas, fiquei neste quarto por um dia e na hora do banho além do enfermeiro eu tinha o apoio da minha esposa.
Na fisioterapia eu “andava” pelo corredor do hospital com o apoio de uma fisioterapeuta, mas ali eu percebi que iria depender muito mais do meu esforço do que da fisioterapeuta e foi aí que eu aprendi mais uma coisa: De que todo o processo de recuperação dependeria mais do paciente do que do profissional envolvido.
TRATAMENTOS
Eu voltei para casa de cadeira de rodas e logo em seguida comecei com os tratamentos, que se diga de passagem são muito importantes para a reabilitação do paciente.
A Fisioterapia comecei a fazer 5 vezes por semana durante 1 ano com o Felipe.
Com ele comecei em uma cadeira de rodas e andador me esforçando em cada 1 destes 5 dias pois só pensava em melhorar e hoje já estou andando sozinho sem um apoio.
Para se ter uma ideia, nessa fisioterapia se o fisioterapeuta pedia 3 KG para um determinado exercício eu queria fazer com o dobro pois eu tinha comigo que se fizesse o dobro eu voltaria mais rápido em ter minhas funções de volta.
A fisioterapia me ajudou muito, pois além de se ter um profissional que me ajudasse a ter minhas funções de volta, esse fisioterapeuta se tornou um amigo, alguém que era um confidente.
Eu aprendi mais uma coisa: A sinergia e confiança entre o fisioterapeuta e o paciente são fundamentais para uma boa recuperação.
A Psicologia também me ajudou bastante pois não entrava na minha cabeça que eu tinha tido um AVC e que minhas funções não estavam normais, porém como eu disse anteriormente precisa de ter uma sinergia entre o médico e o paciente e infelizmente esta sinergia não existiu o que me obrigou a mudar de profissional.
Com a nova profissional eu fiquei bem feliz porque além de ter sinergia, ela me gerou muita confiança ao ponto de em algumas seções eu já conseguir pedir um carro de aluguel sozinho.
Neste período eu tive bastante medo de tudo, é normal porque o AVC além de tirar tudo de você e sua família te tira também a coragem, pois antes do AVC não tinha medo de nada e com essa doença passei a ter medo de tudo e a chorar demais, hoje em dia vou adquirindo essa confiança.
Eu aprendi mais uma coisa: Se não der certo com um, tente com outros, mais tente até acertar, pois o importante é a sinergia.
A Terapia Ocupacional me ajudou a trazer a autoestima de volta, como trocar uma camiseta ou fazer a barba, são coisas muito simples, mas depois que a gente perde essas habilidades passa a dar o devido valor.
A TO (como era carinhosamente chamada a médica da Terapia Ocupacional) fazia alguns desafios (eu gostava de desafios) que eram na digitação de um livro em menor tempo, todas as vezes que a TO vinha (era quinzenalmente) ela verificava qual o meu tempo na digitação e nas visitas dela, ela aumentava cada vez mais, além de dar diversos exercícios para eu fazer.
A fonoaudiologia foi outra ajuda que precisou ser trocada pois a sinergia entre profissional e paciente não existiu.
Com a segunda profissional existiu já que esta ajuda é muito importante porque a fonoaudiologia devolve a autoestima.
A segunda profissional além de ensinar a ler e cantar (esta é uma passagem muito engraçada que lembramos até hoje quando nos encontramos porque a primeira vez que ela foi em casa, ela levou a música CHORA PEITO, e eu chorava muito por qualquer coisa e ela não sabia disso.) ela trazia vários exercícios de trava língua.
Esta profissional também trabalhava com eletroestimulação de língua, e isso foi primordial para meu entendimento na fala.
Eu aprendi mais uma coisa: Fazer todos os exercícios deixados pela profissional é muito importante para ajudar na recuperação.
A Neurologista eu deixei por último não por acaso, porque além de ser muito importante é o profissional que vai fazer o acompanhamento e indicar algum médico que se faz necessário, exemplo disso foi que durante as fisioterapias eu senti fortes dores no braço direito e a Neurologista indicou que eu fizesse um exame com um médico especialista.
Eu aprendi mais uma coisa: A Neurologista é uma excelente psicóloga também.
Além de todos estes tratamentos eu ainda fui há um Oftalmologista que é bastante importante para quem teve esse órgão afetado. (eu tive os olhos impactados e graças a Deus a visão ficou intacta)
O Oftalmologista que eu fui era especializado em AVC, aliás foram dois médicos, um fez todos os testes de visão e o outro fez uma cirurgia de estrabismo no olho esquerdo.
A visão me incomodava demais já que como eu enxergo as imagens duplicadas eu tinha que usar um tampão em um dos olhos para não ver a imagem duplicada e a cirurgia para minha autoestima foi ótima porque eu não tinha mais que usar um tampão em um dos olhos.
Para juntar todos estes profissionais (era necessário juntá-los para saberem o que estava sendo feito, pois sempre perguntavam o que havia sido feito por determinado profissional na última consulta que foi feita) foi criado um grupo no telefone celular onde era postado toda a progressão não só com textos, mas com filmagem.
Gostaria de destacar aqui que o papel da minha esposa foi fundamental para minha recuperação pois de nada adianta ter uma ajuda especializada se não tiver uma companheira ao seu lado, pois nesse período ela quem fazia tudo, marcava e desmarcava médicos, fazia minha barba, penteava meu cabelo etc., e a dos meus filhos que foram fundamentais porque além de me dar o apoio necessário ajudavam sempre que possível.
Eu aprendi mais uma coisa: De nada adianta ter apoio de profissionais se sua família não está ao seu lado.
APOIOS
Neste período, devido a minha insegurança e aos medos de que sentia eu me apegava a religião e sempre me perguntava: Por que isso aconteceu comigo?
Eu procurava respostas em livros e em centros e sempre escutava que eu iria melhorar. Mas melhorar quando? A minha única referência de melhora era meu estado anterior e acreditava que o meu “estado” ficaria igual era antes do AVC, mas não conseguia compreender como seria essa melhora.
Quando entrou na minha cabeça que meu “estado” não ficaria igual o “estado” anterior ao do AVC, ficou bem mais simples o entendimento, ou seja, como dizia a psicóloga: - Eu não fumaria mais, eu não beberia tanto, eu não ficaria com o estresse elevado, então eu seria uma pessoa bem melhor do que antigamente, ou seja, só coisa boa, as ruins ficaram antes do AVC.
Eu cheguei a me cadastrar em alguns grupos de AVC no facebook para ver se as pessoas passavam a mesma coisa que eu, e foi aí que percebi que eu estava melhor do que estas pessoas, pois além de passarem a mesma coisa que eu, percebia que eu estava bem melhor que elas, pois como comentei o meu AVC foi grave e era para estar em uma cama ou morto e tinham pessoas no grupo que mal conseguiam segurar um talher.
A Neurologista me orientou a sair desses grupos já que estava indo bem.
Mas até chegar nesse ponto demorou pois eu tinha o controle de tudo e de uma hora para outra eu perdi.
O AVC tira a confiança e até ter ela voltar demora e foi aí que fui atrás de psicologia e atrás religião para adquirir ela de volta.
Depois que estava mais confiante, fui sozinho em uma vigem de ônibus para Minas Gerais.
Eu aprendi mais uma coisa: A confiança demora, mas um dia aparece.
CONFIANÇA
Como falei anteriormente, uma das coisas que o AVC tira é a confiança e comecei a adquirir esta confiança quando fui a primeira vez para Minas Gerais de ônibus.
Em uma dessas vezes, passei por uma situação chata, mas foi por esta situação chata que me preparei mais, pois tudo que acontecia ao invés de achar ruim eu achava que era bom pois através das situações chatas é que eu me preparava.
Na noite do dia 25 de outubro 2021 sai rumo a São Bernardo do Campo em um ônibus leito cuja previsão de chegada era às 9:00, porém este ônibus estava atrasado na sua partida e foi aí que tive a notícia que ou esperaria mais 2 horas para voltar no mesmo ônibus que eu havia comprado, ou teria a opção de voltar em outro ônibus (com acomodações inferiores ao que tinha comprado) e com a devolução da diferença. Não tive dúvidas, eu voltaria em um ônibus de acomodações inferiores a que eu tinha adquirido pois assim chegaria mais cedo em casa.
Aí começou meu martírio. Quando cheguei na poltrona que me indicaram tinha um homem maior que eu no corredor, e como falei anteriormente eu tenho 1,92 de altura e sempre escolho a poltrona do corredor para ter mais espaço para minhas pernas, mas como o homem já estava ali sentado eu fiquei na janela mesmo.
Começamos a viagem e o homem que estava na poltrona da frente abaixou a poltrona dele até o final e minhas pernas ficaram bem espremidas, ou seja, aquilo que já estava apertado ficou mais ainda, em resumo, dormi muito mal.
O homem que estava a minha frente saiu do ônibus em uma outra parada e achei que o mal momento havia acabado, mas não, o ônibus parou na garagem da companhia do ônibus para fazer uma troca de carro, mas essa troca de carro demorou 1:30 (não sei o porquê) ou seja, o que era para chegar às 9:00 chegou às 11:30.
As viagens foram as que me deram mais confiança e a partir daí comecei a andar na rua sozinho mas aprendi também a dar valor em algumas coisas que antes eu não via e passei a enxergar quando comecei a precisar delas, como por exemplo, os buracos nas calçadas, que antes do AVC eu simplesmente pulava os buracos sem percebe-los e depois do AVC estava desviando dos buracos, ou seja, antes era normal eu pular e depois percebi o tanto que as calçadas são irregulares e esburacadas não dando acessibilidade para aqueles que precisam.
Eu aprendi mais uma coisa: As dificuldades se tornam um estímulo para a recuperação.
As compras também foram um marco para mim pois adquiri a confiança de conversar com outras pessoas, que antes para mim era um “mito” porque eu tinha “vergonha” de conversar com outras pessoas já que antes do AVC eu era bastante comunicativo e depois do AVC uma das sequelas deixadas foi de que minha fala ficou mais lenta eu tinha essa “trava”.
Eu aprendi mais uma coisa: A comunicação com outras pessoas é muito importante pois além de tudo traz a confiança.
MOMENTOS
Neste período ocorreram alguns eventos onde o apoio da minha família foi fundamental para meu restabelecimento.
Não pense que tudo foi fácil porque não foi pois passei por momentos muito ruins, como por exemplo eu perdi uma cadelinha por conta do meu equilíbrio (lembra que no começo comentei que o AVC havia afetado meu equilíbrio) e em alguns momentos tive várias brigas com minha esposa e filhos e tenho consciência que eu estava errado (não tinha nada de filtro, falava o que pensava, também em decorrência do AVC) entre outras coisas.
Mas também vários momentos bons apareceram, como por exemplo a minha aposentaria foi antecipada em 10 anos, ou seja, hoje sou um homem aposentado com 52 anos de idade, me aproximei bem mais da minha família, larguei de fumar, bebo bem menos, tenho desconto em carros novos, adquiri um cartão para qualquer estacionamento (em shopping principalmente) sem a preocupação de onde parar, sou menos estressado, ou seja, sou uma nova pessoa e só comecei a enxergar estes benefícios depois que “entrou na minha cabeça” que eu tive um AVC.
Aquilo que se é comentado de que a vida começa a ficar melhor depois que existe um aceite da doença é a mais pura verdade.
Eu sei que não é fácil e ninguém quer ter um AVC principalmente pelos riscos que envolvem, mas vai ser feito o que? Já aconteceu mesmo e não tem como voltar atrás, a opção que sobra é aceitar e não desistir jamais.
Eu aprendi mais uma coisa: Nada melhor que um dia após o outro
LIÇÕES
Não estou afirmando que ter um AVC é bom, mas do AVC dá para tirar várias lições positivas, basta ter um olhar positivo, lembra daquele ditado, fazer de 1 limão uma limonada?
Infelizmente aconteceu, mas me tornei também uma pessoa melhor, ou pelo menos tento ser uma pessoa melhor.
Vale lembrar também que quem está escrevendo é quem teve um AVC DE TRONCO e o que poderia ser trágico acabou sendo motivacional, porque no começo do meu AVC, eu ficava procurando literaturas e não achava nada o que me ajudava e com estas palavras verão que nem tudo está acabado, basta ter força de vontade e acreditar que existe uma luz no final do túnel, parece jargão, mas não é e se você que teve um AVC acreditar chegará no seu objetivo.
O meu depois do AVC é ser feliz.
Chris , acabei de ler todo seu relato, seus aprendizados , seus obstaculos e sua superação . Confesso que eu não esperaria nada menos de você , porque você sempre foi este CARA persistente, determinado , que ficava puto com as coisas na hora, mas que ia dormir refletindo e voltava no dia seguinte (as vezes alguns dias depois..rs) , assimilando os feedbacks, conversando sobre outros pontos de vista , sempre de maneira bem humorada, inteligente, e muito competente em tudo o que fazia. Parabéns por mais este "projeto" entregue com sucesso. Parabéns por este linda familia que você formou.
Que você continue aprendendo muito com a vida, afinal é pra isto que estamos por aqui, que você continue sendo…
Parabéns meu eterno amigo guerreiro. Bela mensagem , você é grande no tamanho , na alma, no coração e sua luta não foi em vão. Você tem sua importância para seus amigos e familiares. Saudades de você cara. Deus lhe abençoe !!! enorme abraço
Parabéns meu irmão , vc é um vitorioso. Deus te abençoe sempre 🙏